Luz da Consciência


O título parece uma pergunta para desvendar seres mitológicos. Talvez seja esse o caso mesmo. 

Bom, como sempre, tudo que eu falo aqui no blog está exclusivamente associado à minha própria experiência espiritual. Não estou tentando convencer ninguém. Apenas compartilhando o que vivo, o que penso e como sinto essa questão. Só peço que estejam abertos, sem pré-julgamentos.

Pra quem me conhece, sabe um pouco da minha trajetória dentro da espiritualidade. Vou resumir bem por cima para chegarmos ao ponto central do assunto.

Desde que me lembro, vejo energia. Hoje entendo que vejo fótons de luz invariavelmente se movimentando pelo espaço/tempo e quanto mais me concentro, dou foco, observo, mais eles criam um padrão ordenado e se dirigem até mim. Hoje entendo que isso é uma questão quântica. O objeto depende do observador. Para quem quiser ler minha tese de conclusão de curso em Psicologia sobre "As relações da Física Quântica e a Psicologia Junguiana na quebra do paradigma científico moderno" escrito em 2017 aqui: link.
Aos 9 anos passei a frequentar a igreja cristã protestante e a participar do ministério de dança. Hoje entendo que desde criança, ali se manifestava meu lado sacerdotisa. A dança era meu ritual, minha oferenda, minha meditação para entrar na presença de Deus. E desde lá já entendia que espiritualidade era sobre INTIMIDADE com Deus.

Mas que Deus é esse?

Antes de responder essa pergunta, vou contar um pouquinho mais da minha história.
Aos 11 anos tive uma das experiências mais marcantes da minha vida. Acordei de madrugada e vi um pássaro de luz refletido na parede. Ao olhar para a janela para ver de onde vinha a luz, na beirada da minha cama estava um anjo, uma figura de pura luz que se comunicou comigo por telepatia e disse "Eu Sou Arcanjo Miguel. Por que você não está usando sua espada?". E eu fiquei tipo ???? Mas no mesmo segundo a resposta telepática veio: "A Espada da Palavra". Ele me deixou mais um recado que agora não vem ao caso, e depois disso eu dormi. Hoje, se estou aqui compartilhando isso com vocês é porque entendo a importância das palavras no meu propósito aqui na Terra. E vocês sabem quem mais sabiam do valor das palavras? Os magos e as bruxas.

Aos 13 anos me afastei da religião como um todo. Não frequentava mais nenhum "templo". E com 21, em 2016, eu tive meu despertar espiritual através da meditação. Descobri que eu podia sempre visitar meu templo interior, um lugar sagrado dentro do meu coração, onde poderia encontrar a presença do Divino. E foi através desse mergulho que minha vida mudou. Retomei com força minha espiritualidade, agora liberta e autônoma, porém ainda regida por aquilo que tinha aprendido: INTIMIDADE. Eu amo essa palavra. Porque ela quer dizer que a gente precisa criar vínculo, é uma >relação< de proximidade, de familiaridade, de AMOR. Que faz você cada vez mais conhecer e se sentir a vontade naquela presença. Isso sim, pra mim, é espiritualidade. Quando você cria intimidade com o Universo. E quando retomei isso, foi uma chuva de sincronicidades, downloads e informações que vieram direto da Fonte. Eu entendi, mais do que nunca, o que era essa energia de essência criadora, na qual eu dava o nome de Deus. E aprendi que Deus é muito mais do que uma definição religiosa. É tudo. É o Todo. É a Fonte de Amor. É Vida em Abundância. O Eterno. O Mistério. O Infinito. A Natureza. Deus é PAI e Deus é MÃE. E Deus é Andrógino. DEUS É O VERBO. etc etc etc. Esse é o Deus na minha visão, quer dizer, uma parte dele. 

Em 2017, quando escrevi meu TCC, foi uma epifania. Eu encontrei na ciência TUDO que eu estava vivendo na minha espiritualidade e jornada de autoconhecimento. E mais! Encontrei algo que não tinha ouvido falar antes: SAGRADO FEMININO. Muitas coisas já estavam me chamando para este resgate. Eu já estava ciente da minha conexão com a lua como minha guia natural e da minha sede por desbravar os mistérios da natureza. No fim do ano, fui para o Peru e lá foi exatamente sobre essa cura: reconhecer o feminino em mim e estreitar meus laços com Pachamama. Uma viagem de 8 mulheres que se descobriram irmãs. Aqui no blog fiz vários posts dessa viagem na época. Em Machu Picchu fui chamada mais uma vez por Miguel para fazer algo como sacerdotisa, ajudar a abrir os vórtices. E lá estava eu com meu cristalzinho lemuriano fazendo magia com a intenção mais pura no meu coração de que os vórtices fossem abertos para trazer Luz.

Logo quando me formei, criei o curso DIVINO FEMININO sobre "O histórico do princípio feminino na humanidade" e mais um monte de informações sobre ciclo menstrual e a relação com a lua, as estações e o nosso mundo interior. Fui morar com amigas num apartamento que apelidamos carinhosamente de "Casa da Lua" e lá rolou muito download e rituais sobre essa energia. Então foi criado o Sagrado Mel e as imersões de sagrado feminino em 2018. Nos foi dado pela espiritualidade o nome de "Sacerdotisas da Criação", pois servimos à Criação, criatividade + ação. Feminino e Masculino. Colocamos a criatividade em ação numa bela dança de INTEGRAÇÃO. Então, obviamente, comecei a ver a importância da cura do masculino também e foi criado o Leões de Gaia.

Entendam, nosso objetivo aqui é INTEGRAR. Assim como aprendi com a física quântica, tudo que a gente pensa ser OPOSTO e excludente, na verdade, é COMPLEMENTAR. Assim como a Luz é partícula e onda ao mesmo tempo. Deus é Luz, e é Sombra, e é feminino e masculino ao mesmo tempo. Sabe quem também foi queimado em fogueiras? Os/As alquimistas. E elxs sabiam de tudo isso aqui muito antes da quântica. E elxs sabiam da importância simbólica de Cristo.



Agora a gente começa a adentrar o assunto. Vamos olhar as coisas com um olhar simbólico para compreendermos em profundidade a questão.
Quando Jesus estava na Terra, sabemos muito bem que o mundo estava inserido num PATRIARCADO ainda mais fudido do que temos hoje em dia. Certo? Então. Acredito que Jesus só não veio mulher porque ele precisava ser ouvido. E infelizmente, as mulheres não tinham voz. MAS, TODAVIA, ENTRETANTO, Jesus foi um homem feminino. SIM! O que isso quer dizer? Jesus foi um homem que integrou seu lado feminino e acolheu a todxs, sem exceção, como uma Grande Mãe acolhe seus filhxs, assim como a Terra nos acolhe. E ele foi sim um rebelde. Denunciou várias atitudes machistas, como não deixarem as mulheres sentarem à mesa. Com Jesus, todxs tinham seu lugar. E mais, ele salvou várias e várias mulheres de julgamentos, condenações de morte, doenças e infortúnios. Ele foi seguido por MUITAS mulheres em suas caravanas e claro, não podemos deixar de lado a mulher que ele escolheu ter ao seu lado, e que, nas palavras de Pedro, Jesus parecia amar mais do que aos seus discípulos: MARIA MADALENA.

Prepare-se para, talvez, quebrar alguns paradigmas e crenças sobre o Cristo criado pelo patriarcado e seja muito bem-vindx ao olhar da mulher que mais o conheceu em intimidade.
Vamos ver um pouquinho sobre o Evangelho de Maria que foi proibido pela Igreja e entender porque ele foi ocultado de nós:

 "Depois, Pedro disse a ele: 'Você tem explicado cada tópico para nós; diga-nos outra coisa. Qual o pecado do mundo? O Salvador respondeu: 'Não existe o pecado'." Maria 3:1-3

Já começamos com um TAPÃO desses, minha gente??? Imagina se os carinhas da Igreja iriam permitir uma coisa dessas?? Como eles iriam conseguir controlar o pessoal sem a ideia do pecado? Sem o medo de que se você pecar, vai queimar no inferno? Como isso sai diretamente da boca de Jesus? PROIBIDO! Pois pra vocês verem, Jesus NUNCA condenaria uma bruxa à fogueira. Não foi o Cristo que suscitou violência e condenações. Foram HOMENS que usaram o nome de Cristo que suscitaram violências e condenações para SE MANTER NO PODER. Isso não tem nada cristão, pra falar a verdade. E pra falar a verdade histórica, os cristãos da Igreja da Idade Média eram os romanos remanescentes, os mesmos cruéis que condenaram à Cristo numa morte horrível e dolorosa na cruz. Estes romanos só se "converteram" por estratégia política! Os métodos de tortura são heranças do império romano! Distorceram completamente a mensagem de Cristo e escolheram a dedo o que iria ou não para a Bíblia. 

"O Salvador respondeu: "Não existe pecado; pelo contrário, são vocês que criam o pecado quando agem de acordo com a natureza do esquecimento, que é chamado 'pecado'. Por essa razão, o Bem veio entre vocês, em busca (do bem) que pertence a toda natureza." Maria 3: 3-5 

Pois então, o ÚNICO pecado que o HOMEM cria é o ESQUECIMENTO! Pecamos quando esquecemos que somos Amor e não agimos de acordo com o Amor, que é nossa essência, a imagem e semelhança de Deus. E esse Amor flui naturalmente na própria Natureza! Quer coisa mais linda e libertadora que isso?? Por isso que o processo de despertar é uma grande relembrança! E quando saímos desse estado latente de sono (o profundo sono que acometeu Adão quando foi expulso) e de dor (que Eva passou a sentir no parto quando foi expulsa), despertamos para o nosso potencial de criação e somos capazes de gerar e parir uma realidade muito mais amorosa e "paradisíaca", mágica!

"Vá, então, pregue as boas-novas sobre o Reino. Não estabeleça nenhuma regra além do que determinei para você, não promulgue lei como o legislador, ou então você pode ser dominado por ela." Maria 4: 8-10

E nessas boas-novas do Reino do Céu na Terra, não há lei, além da lei suprema do Amor: amai-vos uns aos outros, ame o próximo como à ti mesmo, ame a Deus acima de todas as >coisas<. Se a gente tivesse só essas três leis básicas, como seria o mundo? Imagina que a Igreja permitiria um Cristo que fala de não ter lei?? Jesus sabia que quem fica criando as leis acaba dominado por elas pela sede de poder. E como Jung diz: “Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina há falta de amor. Um é a sombra do outro.”

"Fique em guarda para que ninguém o engane dizendo "Olhe para cá" ou "Olhe para lá". Pois o fruto da Humanidade verdadeira existe dentro de você. Siga-a! Os que buscam por ela a encontrarão." Maria 4: 3-7

Agora vem uma fala de Cristo que poderia facilmente vir de uma bruxa. Né não??
Esse Jesus que vocês estão conhecendo agora é bem contra esses "caga regra" que foi justamente a postura que a Igreja tomou por séculos. Enquanto a Igreja quis intermediar a relação do Divino com a humanidade, esse Jesus simplesmente incentiva a autonomia espiritual e o mergulho em si-mesmo! Isso é mais uma postura feminina: o foco no mundo interior. O encontro da verdade interior. Ninguém pode te dizer o que você deve fazer. Você deve sentir! Você precisa olhar pra dentro. E agir de acordo com o seu coração, através do Amor. Só isso aqui já seria o suficiente pra desmanchar qualquer cristão que é contra relacionamentos homoafetivos, por exemplo.

Cara, eu sou apaixonada por esse Evangelho de Maria Madalena. Estou tirando trechos do livro: Maria Madalena Revelada - A Primeira Apóstola e seu Evangelho Feminista. Quero mostrar uns trechos que a autora do livro traz pra vocês:

"Existe uma história sobre Jesus que venceu. Existe uma versão do Cristo que foi criada no século IV. O imperador Constantino em 313, por um édito individual, converteu o Cristianismo de uma religião de luta, perseguida e proibida - aquela pela qual Pérpetua morreu - em uma religião de Estado redefinida pelos homens". 

Essa semana conto a história de Perpétua no meu insta, para quem quiser já está disponível a história de Thecla: aqui. São histórias de mulheres cristãs condenadas, ocultadas, silenciadas pela Igreja e que precisam ser reconhecidas. Histórias que curam. Bruxas que arderam na fogueira por Amor à Cristo. 
"As várias escrituras que não foram escolhidas para fazerem parte da Bíblia canônica tinham um tema em comum: a confirmação da presença das mulheres no ministério de Cristo e seu relacionamento excepcional com Maria Madalena."
"Por que não é irresponsável se referir a deus como 'ele', quando todos nós somos - masculinos, femininos, intersexuais, transexuais, não binários - feitos igualmente à imagem do Divino? Como nós não podemos ver a hierarquia deturpada que isso sempre recria?"

Então, com isso, podemos ver que a única faceta do feminino que foi 'permitido' pela Igreja foi a da Virgem Maria.

Nesse sentido, foi relegado à mulher um papel coadjuvante, passivo, puro, que aceita a maternidade e os pedidos do pai e do marido. Uma mulher sem desejo, sem sexualidade, reprimida e amarrada. Por isso a caça às bruxas. Como poderia existir mulheres livres, sensuais, independentes, donas de si? Só poderia ser pecado e coisa do diabo. Mas repito, isso de Cristo não tem nada. A caça às mulheres era o foco do patriarcado. FEMINICÍDIO. E com esse rombo na psique feminina, o arquétipo da bruxa foi levado às nossas profundezas. Ficou na sombra. Foi demonizado e massacrado. Tudo que vinha do feminino, do útero, passou a ser sobre o escuro, o abismo e as trevas.
Um jogo de opostos. A virgem pura versus a bruxa puta. Perdemos a conexão com os nossos ciclos. O calendário passou a ser mecanicista com o modelo gregoriano. Passamos a ter vergonha de nossos corpos e tamanha repressão nos levou ao adoecimento de nossas almas.


Não há uma mulher no mundo hoje que não carregue feridas ancestrais pesadas desse feminino violentado por séculos. Não foi só a Igreja que matou as bruxas. Foi todo um jogo de poder e hierarquia que suprimia o poder interior, que é feminino, pois sabia muito bem da força que ele tem. E Jesus sabia. E não o negou. Pelo contrário, AMOU. Amou a puta, a adúltera, a pecadora, a endemoniada. E contou pra ela todos os segredos que os seus discípulos homens não entenderiam. Entendem?????? Jesus, é o símbolo do Self - do si-mesmo - da essência que se auto realizou e transcendeu toda e qualquer dualidade. Por isso morreu sangrando como uma mulher, um sangue que escorre sem violência. E ressuscitou, foi além da morte. Mistério que o feminino conhece.  Jesus foi o sacrifício vivo para que mais nenhum sacrifício vivo precisasse ser realizado. E hoje, 2000 anos depois, com a chegada de um novo éon, de uma nova era, precisamos desse casamento alquímico em nós. Cristo e Madalena em nós. Santo Graal em nós. União dos opostos. O único sacrifício agora é interno, e não é nada fácil para o ego.
Como eu disse no começo do texto, tudo isso poderia ser uma questão mitológica, porque na real pouco importa se você acredita que Cristo ou as bruxas de fato existiram. Ambos são REALIDADES PSICOLÓGICAS, arquétipos do nosso inconsciente coletivo e trazem desenvolvimento de nossa consciência. Acredito que um fator que ligue os dois é que ambos promovem independência espiritual. Cristo estimula que possamos ter contato direto com Deus e os céus, e as bruxas estimulam que possamos ter contato direto com a Deusa e a terra. E nós somos os intermediários, no caminho do meio, equilibrando tais energias. E não anulando NENHUMA das partes.

Se você acha que bruxa e Cristo são completamente opostos, é aí que está a chave da integração! Una. Integre! E assim vamos mais longe! O feminino em nós precisa resgatar a bruxa, a feiticeira e a sacerdotisa em equilíbrio com a virgem e a mãe. Assim como o nosso masculino sagrado precisa de Cristo, o leão dourado, e o arquétipo do Mago/Velho Sábio! São curas complementares e essenciais.

"Jesus lhes disse: Quando vocês transformam o dois em um, e quando vocês fazem a vida interior como a exterior e a exterior como a interior, e o em cima como o embaixo, e quando tornam masculino e feminino apenas um, de modo que o masculino não será masculino e nem o feminino será feminino, quando vocês fazem olhos no lugar de um olho, e mão em lugar de uma mão, um pé em lugar de um pé, uma imagem em lugar de uma imagem, então vocês entrarão no Reino." Evangelho de Tomé- também proibido ;)


Para a nossa busca pela totalidade, não podemos negar nada. Não da pra negar nosso lado bruxa, nosso lado deusa, nosso lado terreno, humano, profano, sombrio, como também não podemos negar nosso lado virgem, crística, celeste, estelar, divina, iluminada. As personagens bíblicas femininas como Eva e Lilith também são arquétipos do nosso inconsciente. Nós as possuímos - ou de vez em quando, elas nos possuem. Já escrevi mais sobre o conceito de arquétipo e o feminino na história aqui: link
Faço meus rituais, trabalho com os meus cristais, ervas, símbolos. Atendo pessoas diariamente com uma medicina que trouxe dessa intimidade com Deus - a T.R.E.E - Terapia Reconectiva Energética Essencial - e incentivo que as pessoas criem seus próprios caminhos.
Não sei se existe bruxa cristã, no sentido de cristão de ir à Igreja. Mas acredito sim, em bruxas de Deus! Bruxas crísticas! Esse Deus que é o Uno, que não tem sexo, nem gênero, nem lado. É o círculo dentro do círculo. O ponto e o infinito. O início e o fim. O alfa e o ômega. Tais descrições existem na Bíblia, algumas da mesma maneira que está aqui, outras de forma mais codificada. E muito, como estamos vendo, ficou de fora.
Maria Madalena, Thecla, Perpétua, e muitas outras. Mulheres. Intuitivas. Parteiras. Curandeiras. Benzedeiras. Doulas. Filhas. Mães. Avós. Guardiãs dos segredos da Terra e seus ciclos. E cristãs. Não podemos deixar que elas caiam em esquecimento.


"Ela disse, 'Eu vi o Senhor em uma visão e lhe disse: Senhor, eu o vi hoje em uma visão. Ele me respondeu: Como você é maravilhosa por não duvidar de ter me visto! Pois onde está a mente, está o tesouro". Maria 7: 1-4

Minha espiritualidade é livre, assumo minha bruxa interior e toda minha conexão com a Terra. Assumo a responsabilidade de curar meu útero de toda ferida ancestral que atacou o feminino. Assumo a Deusa que me habita que por vezes pode vir como o arquétipo que eu preciso. Já me conectei com Ísis, com Oxum, e me conecto com a Kundalini - que pra mim é o fogo feminino da Terra, como também me conecto com Shekinah - que é o fogo feminino do céu. Já me conectei também com Saint Germain, Buda, com elefantes, tigres, raposas e águias, já me conectei com pleiadianos, sirianos e elementais. Mas pra mim, sempre há a Conexão Maior com Deus. Um Deus que é a Fonte de todas essas energias manifestadas. E pra mim, pela minha história, o meu maior amor é dedicado à energia crística. Eu já o vi. E não duvido. E o sinto no meu coração. Minha religião é o AMOR. E entrego o que faço em culto somente à Deus.
Vejo gente julgando falando que não se pode misturar essas coisas. Vamos deixar de julgar e deixar as pessoas serem o que são e sentirem que são livres pra isso. Tudo que é pelo bem maior é válido. Nós podemos nos conectar com diferentes energias durante a vida e isso é lindo. Vamos deixar de nos colocar em caixinhas! A nova era não vai ser a repetição do que já foi! É algo novo! É sobre sermos mestres de nós mesmos. Esse é o retorno de Cristo para Terra: dentro dos nossos corações. Se permitam, sabe? Tudo está mudando. E o caminho é a UNIDADE. Não acredito que valha a pena odiar Cristo e pregá-lo mais uma vez na cruz dos seus julgamentos, se você não o conhece. Busque conhecê-lo. Busque senti-lo. Garanto que é uma experiência maravilhosa e inesquecível que todxs nós podemos ter acesso se realmente nos doarmos para tal.

Termino esse post com uma citação de um artigo chamado "O arquétipo da bruxa no caminha da individuação feminina - uma reflexão sob a luz da psicanálise junguiana" (link). E farei um segundo post respondendo mais diretamente as perguntas que vcs me fizeram nas redes sociais. Espero que esse texto já tenha elucidado bastante sobre meu posicionamento. Paz <3

"A bruxa foi combatida na Idade das Trevas, reprimida na era moderna, mas não perdeu em poder, a mulher foi quem perdeu seu poder de ser unificada por meio dela. Incorporar e aceitar a bruxa na psique feminina é fazer as pazes com aspectos sombrios da alma feminina e resgatar do inconsciente o poder da mulher de se integrar e individuar. Ela exerce, como abordagem junguiana, a função da máscara que permite o contato com o transcendente poder de natureza feminina coletiva. Pois abre espaço para experiências de participação mística com o arquétipo do divino feminino, abstendo a mulher de seu papel comum da sociedade e elevando-a a um relacionamento direto com a divindade, que a leva à totalidade, liberando e organizando a energia psíquica criativa.
A totalidade é a realização do Si-mesmo (Self) e Jung explica que a imagem de Deus coincide com o arquétipo do Si-mesmo. É com a obediência ao Self que se realiza uma integração de todas as potencialidades psíquicas, surgindo uma personalidade superior. A alma feminina, se diferenciando através da experiência individual, percorre o caminho psíquico da mulher até a bruxa e desta até a deusa. Desta forma, pode a alma reatualizar os conteúdos psíquicos de forma harmoniosa e criativa, conduzindo o êxtase místico provocado pelo empoderamento do Si-mesmo para as relações cotidianas e as tarefas habituais, sem perder a transcendência de seu significado."
Cada um carrega em si uma imagem única de Deus. E este é o centro organizador de toda nossa psique. Uma fagulha, uma centelha divina que nos impulsiona sempre a ser quem somos e nos realizarmos em prol da totalidade (Cristo representa esse arquétipo). E a bruxa também faz parte de nós, uma parte do nosso quebra-cabeça que remonta o Todo, que nos leva a criatividade e ao contato com a Deusa interior. Nós somos um pouco de tudo. E o Todo nos habita. Busque o autoconhecimento, liberte-se das crenças que te limitam, responsabilize-se pelo seu processo, mergulhe-se até o seu centro, sirva à Criação com aquilo que você é em essência.
Até a próxima, seres amadxs!
Evy

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Acabei de sair de uma sessão com a minha terapeuta e decidi botar pra fora em forma de texto tudo que está se passando dentro de mim.
A sessão se baseou numa série de sonhos que eu tive durante essa semana. Vou contar os principais que me fizeram entender a questão sobre qual vínculo precisa ser resgatado.

Sonho 1 - De sábado para o domingo de dia das mães:
Sonho que minha mãe tem um bebê e está dando banho nele na banheirinha. Pede minha ajuda para pegar as roupinhas. Quando volto, minha mãe não está mais lá e o bebê está se afogando na banheira, roxo, engolindo água em meio aos prantos e afogamento. Vou até ele para salvá-lo. O sonho acaba.

Sonho 2 - De domingo para segunda:
Sonho que tenho que acender velas que estão numa estrutura de espiral. Uma mulher me guia, mas não a vejo. Ela me diz que o fogo vai servir para queimar seu pai que já está morto. Vejo que tenho uma filha. Ela cresce muito rápido, já tem 9 anos e é uma menina super feliz que ama ajudar as pessoas.

Sonho 3 - De segunda para terça:
Sonho que estou na Itália, naquela fonte famosa - Fontana di Trevi. A cidade estava completamente vazia. A fonte estava cristalina e uma menina nadava lá tranquilamente. Quando ela decide sair, não encontra uma escadinha, então estendo o braço e a tiro de lá.

Bem, agora vamos analisar essa historinha que meus sonhos conta e entender um pouco melhor meu contexto.

No primeiro sonho, há um bebê negligenciado que foi abandonado em um cuidado básico. Esse bebê existe em mim. O sonho é meu, e cada parte dele é uma representação minha. Ele está se afogando numa banheira. Um processo de limpeza que por vezes pode ser difícil. Quando o vejo, prontifico-me a salvá-lo, e então o sonho se encerra. Eu vou me salvar. Salvar essa criança ferida que se sente abandonada e negligenciada pela mãe. Como posso fazer isso? Me acolhendo e me cuidando.
No segundo sonho, acendo velas numa espiral. Algo está sendo iluminado no meu processo de individuação. O pai da mulher desconhecida vai ser cremado em minha chama. O patriarcado. Nisso, sei que tenho uma filha que cresce rápido e é feliz. Meus projetos com o sagrado feminino está crescendo e ajudando as pessoas. A filha feliz também sou eu, depois do meu processo de transmutação pelo fogo das velas.
No terceiro sonho, a fonte na Itália. Com o que eu associo a Itália? De repente me vem: Bonani. Meu sobrenome herdado pela família materna é de lá. Ancestralidade. Do afogamento do primeiro sonho, agora há uma menina que nada na fonte. Ela quer sair, e então estendo o braço para tirá-la de lá. Mais uma vez eu me salvo, dessa vez, de padrões inconscientes herdados por gerações. 
Quem é essa família?
Começando pela minha mãe. Patrícia. Engravidou com 17 anos de mim. Já não estava mais com o meu pai. Já logo ali ela se sentiu abandonada e deprimida. Desde feto, carrego essas emoções dela comigo? Ela tinha o apoio da minha avó. Porém, somente nos meus 6 primeiros anos de vida. Minha avó morreu com 45 anos, no dia das crianças, e era eu quem estava com ela. Quem é essa avó? Bernadete. Mãe de 3 filhos, sendo um deles adotado. Casou-se com o meu avô alcoólatra e violento. Já foi estuprada. Já foi violentada a ponto de quebrar a perna. Saiu com os filhos para o sul de Minas por não aguentar mais essa vida. Morreu cedo, jovem. Quem era sua mãe? Minha bisavó. Terezinha. Uma mulher rígida, difícil. E quem era sua mãe? Minha tataravó, não sei o nome... mas era uma índia, que foi laçada no mato. Forçada a se casar com um militar. Quantas feridas desse feminino. Do lado do meu avô, minha bisavó veio de navio da Itália tentar uma nova vida. Pouco sei sobre essa parte da história. Mas suponho que também haja grandes feridas de um patriarcado que não poupa ninguém.
Minha relação com a minha mãe não é fácil. Nunca foi. Há muito ressentimentos desde a gravidez. Talvez ela viu muito do meu pai em mim. Nós somos bem parecidos. Ela insiste em me contar uma história sobre como quiseram me abortar e ela não deixou. Ela persiste em contar suas dores como se só ela tivesse sido ferida nisso tudo. Todos os envolvidos sofreram. Mas estamos aqui. Seguindo nossas vidas. Ela tem pouca consciência sobre si mesma. Não vê que repete padrões do pai bêbado e violento. Diz que não vai mudar. E eu... bem eu, sendo bem sincera, sinto dificuldade em amá-la. É difícil suportar tanta oscilação, tanta agressividade, tantos julgamentos. E eu realmente não queria que fosse assim. Mas os outros não estão aqui para suprir minhas expectativas. A mãe ideal não existe. E a mãe real está aí, provavelmente querendo o meu amor, do jeito dela.
Minha psicóloga me perguntou qual a função minha mãe tem em minha vida? Nenhuma. 
Então eu preciso dar a ela uma função. Ainda não sei qual. Mas preciso resgatar esse vínculo. Afinal, mãe É vínculo. E se eu não curo esse vínculo, me desprendendo dos desprezos que às vezes eu sinto, da raiva, da incompreensão, etc. Isso pode contaminar meus outros vínculos.
Como está meu vínculo?

Nessa coisa de autoconhecimento, quanto mais fundo a gente vai, menos a gente culpa os outros e mais a gente se torna responsável.

Fiquei pensando... como meu vínculo com a minha mãe pode estar influenciando meus outros vínculos?
Sinto que minha mãe nunca me compreendeu. E isso se estende para outras relações. Eu atraio pessoas que me vinculo e me abandonam, por simplesmente não me entenderem. Não aceitarem meu modo de ser. E sobre como eu ajo? Muitas vezes me vejo como uma mãe, cuidando do outro como não fui cuidada. Mas será que dou espaço para alguém cuidar de mim? Será que essa indiferença que sinto em não saber a função da minha mãe na minha vida, acaba que causa no outro que ele pense que não tem função para mim? Que as outras pessoas não importam? Será que se sentem desvalorizados com o meu jeito de amar? Como eu deixo o amor chegar? Eu me abro, me vulnerabilizo, e assim como sentia com a minha mãe, o outro em quem confiei se volta contra mim. Disputa comigo, se compara. Assim como minha mãe o faz. E eu, que não vou nem atrás da minha mãe, nem ela atrás de mim, me impede de oferecer atenção para vínculos importantes. Me sinto totalmente desconfortável quando me cobram atenção. Porque é isso que minha mãe faz. Se coloca como vítima da minha falta. Mas que bela bola de neve.
E EU??????
Nessas horas realmente me sinto uma criança. Querendo colo. Querendo que assoprem meus machucados e beijem minhas feridas. Ninguém de fato sabe o que eu sinto. Eu sinto demais. E penso mais ainda. Eu fui a criança que cresceu sozinha. Eu fui a criança que aprendeu a não dar trabalho pra ninguém. Eu fui a criança que se sentia invisível e achava que era melhor não ter nascido. E de vez em quando isso volta como "era melhor eu nunca ter aparecido na vida daquela pessoa", "essa pessoa importa pra mim, mas não se importa comigo", "é melhor eu ficar na minha e não mostrar o quanto isso me desagrada para não criar problemas."

Agora escrevo com lágrimas nos olhos.
Uma das poucas memórias afetivas de vínculos familiares vem da minha bisavó paterna, Leides. Uma artista plástica incrível. Ela me colocava no colo, mexia no meu cabelo, fingia tirar piolhos e fazia estalinhos com a unha perto do meu ouvido para simular que matou o bichinho. Era o cafuné que eu precisava. Ela me deixava vê-la pintando suas esculturas de santos perfeitos, folheadas a ouro enquanto me contava histórias de suas viagens a lugares que nunca tinha ouvido falar. Era a atenção que eu precisava. Hoje, com mais de 90 anos, sei que ela tem feito um álbum de colagens à mão para mim sobre minha genealogia. É o resgate que eu precisava. Ela tem em sua sala um quadro enorme de Arcanjo Miguel que só me dei conta depois de grande. É a conexão que eu precisava.

No fim, só eu posso me salvar de mim mesma. De sair dos padrões que vem de gerações feridas e que repetem suas dores por não conhecerem a cura.

À minha criança, eu estou aqui. Vou lembrá-la de que eu não vou abandoná-la. Vou cuidar de você. Te dar banho, vestir suas cores preferidas, dançar e cantar com você naquelas memórias em que você fazia isso sozinha. Vou recuperar nossos sonhos e não negligenciar tua criatividade e inteligência fora do comum. Vou te mostrar que a vida é mais do que miojo de tomate e que você pode gostar de verdade de uma alimentação saudável que te nutre de tudo de bom que a mãe Terra dá. Vou escutar suas experiências espirituais angélicas e não me esquecer do quanto isso é real em seu coração. Vou trazer de volta suas composições. O nosso quadro branco já está aqui para brincarmos de escolinha. Não vou deixar que os outros te digam que você é feia. Eu reconheço sua beleza. Não vou deixar os outros falarem mentiras sobre você. Vou te ensinar sobre ter compaixão com essas almas que ferem porque estão feridas. Vou te contar como é ser psicóloga, cuidar dos outros, e te deixo ser minha secretária como você gostava de brincar. E um dia, prometo que farei nosso show, e te chamarei sob a luz dos holofotes: "VEM! ESSA É SUA HORA DE BRILHAR!". Depois a gente pode sair pra tomar um sorvete de brigadeiro que é seu preferido, com bastante granulado colorido.

Mãe e família que veio antes de você, eu sinto muito por todas as coisas horríveis e sofrimentos que passaram. Mas não posso mais carregar isso comigo. Eu vos liberto. Aceito o que foram e como estão sendo. Não há errado e certo nessa história. Apenas cada um no seu processo.
Mãe, que você saiba, caso um dia leia aqui, que eu te amo sim. Que todos os dias eu curo um pouquinho do que é a gente. Sim, existe um nó entre nós. Mas quero que isso se desamarre. Eu podendo ser eu. E você podendo ser você. Eu ainda não sei qual função te dar na minha vida. E talvez você também não saiba o que quer ser pra mim. Só não posso permitir que a sua função seja de agressividade e desrespeito. É o mínimo que te peço. Por mim e pelos meus irmãos. Que a gente possa ser uma pela outra, que você saiba que eu estou aqui pra você e você pra mim. Isso me basta. Gratidão por tudo que passou para que eu estivesse aqui. Que Deus nos abençoe.

Evy.

Evy,
Que na verdade é Evelyn. Você é amada. Eu nos amo. Faça por você o que você sempre quis. Nós sabemos que o Universo NUNCA nos abandonou ou negligenciou. Tem gente cuidando da gente. E gente FORTE! Nós sabemos. Se permita sentir esse amor que vem de dentro. Você nunca está sozinha. O maior vínculo a ser resgato, é o seu consigo mesma. Comigo. Com o Universo que te habita. Como um amigo. Amigo mesmo. Amigo fiel, companheiro, parceiro. Essa união te trará TUDO, porque vem do Todo. Confia. Te amo. Se cuida. E cuida de nós.



ARTES: https://annamachtart.tumblr.com/



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Na tradição dos Maias, há um cumprimento que muitas pessoas que trabalham com a sabedoria Maia conhecem. É a lei In Lak’ech Ala K’in, que significa eu sou outro você (uma interpretação moderna). Também significa eu sou você, e você é eu (uma interpretação tradicional Maia). Temos vindo a entender que esta saudação Maia é uma honra para o outro. É uma afirmação de união e de unidade. In Lak’ech Ala K’in espelha o mesmo sedimento de outras lindas saudações como Namasté para a Índia Oriental, Wiracocha para os Incas e Mitakuye Oyasin para os Lakota. Não importa de que cultura vindes. Mas quando uma destas saudações sagradas é dada, há sempre um movimento de colocar as mãos sobre o coração.


Olá seres!

Aproveitando o grupo de estudos que fizemos hoje sobre Jung e as fotos que fiz essa semana com o espelho, gostaria muito de falar sobre alguns temas que envolvem ambos. 
Tudo muito agitado nesse mercúrio retrógrado né? Muita coisa para revisar e encarar sobre nossos padrões mentais e de comunicação.
Num mundo dual e regido pelo ego, nós caímos o tempo todo na armadilha do julgamento.
A mídia, o consumo, tudo nessa realidade nos faz favorecer algo em detrimento do outro, nos dividir entre o bem e o mal, o certo e o errado, o céu e o inferno, etc.
Privamos o nosso livre-arbítrio de poder escolher entre infinitas possibilidades, para nos limitar entre duas opções. Sim ou não. 
Se queremos mudar as coisas e sermos agentes ativos da transição planetária, precisamos abandonar o julgamento e o medo. E os dois andam bem juntinhos.
Tudo isso é reflexo de séculos e séculos de condicionamentos. Nós aprendemos a julgar desde muito cedo, até porque somos julgados desde muito cedo. E o julgamento nos leva a cair na separação.
Se julgo o outro é porque não o vejo como uma extensão de mim. Somos objetos independentes. Uma visão do realismo materialista. Que foi ultrapassada pela quântica.
Se você minimamente sabe algo de quântica, sabe que a realidade é holográfica. Que tudo se manifesta num continuum entre o observador e o objeto observado. 
Mas o que isso significa em relação ao julgamento?
Que ao apontar no outro aquilo que tens para julgar, se esquece que o outro também faz parte de você e da sua visão sobre a realidade.

“Pensar é difícil, é por isso que as pessoas preferem julgar ” JUNG

O que é difícil pensar?
É difícil pensar na Unidade. Porque dói nos desfazer da ilusão de que estamos aqui separadinhos, cada um vivendo isoladamente e que não temos nada a ver com aquilo que estamos apontando. Até porque, nisso as pessoas podem excluir as outras e criar justificativas para essa exclusão. 

Mas, na Nova Terra, não existe exclusão. Todos são reconhecidos como filhos de Deus e dignos de uma vida em abundância. É meu caro, aquela pessoa que você odeia, tem tanto direito de amor e prosperidade quanto você. E no fundo, pense: eu odeio aquela pessoa, ou odeio o que penso sobre ela? 
Ao pensar, e tornar seu julgamento sua responsabilidade, fica bem incômodo né? Já pensou se você descobre que realmente, todos somos um? Que aquela pessoa que tanto te incomoda está mostrando algo que é seu?




“Aquilo que te irrita nos outros pode nos levar a um melhor conhecimento de nós mesmos”. JUNG

O quão louco vai ser quando você descobrir que aquela pessoa que você julga não se limita ao que você a define?
E mais louco ainda: e se a pessoa que estás julgando, você nem nunca viu na vida? O que isso diz sobre você hein?

A internet tá aí como uma ótima ferramenta para observamos os julgamentos alheios. O tempo todo estamos sendo bombardeados por pessoas que se sentem super confortáveis nessa posição. A tela protege e desumaniza o outro. Afinal, fica mais fácil ainda julgar projetando tudo isso numa tela e se esquecendo que existe um humano no qual está sendo depositada sua energia.
O quanto de tempo nós perdemos dando energia aos nossos julgamentos?

Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo. Romanos 2:1

Uma das coisas mais importantes que aprendemos na faculdade de psicologia é o conceito de projeção. Elas acontecem naturalmente, a todo instante, de forma inconsciente. Quanto mais nos trabalhamos, mais elas vão se tornando conscientes e passíveis de serem esclarecidas, para que você integre mais um aspecto seu, e então evoluir como ser humano. Você é o filme sendo projetado, você é a tela e você é o público. Mas nossa criação, nossa cultura, não incentiva nosso olhar pra dentro e nossa responsabilidade perante nossos apontamentos. O outro é o outro. Eu sou eu. Sim ou não. Pois eu te digo que o sim e o não coexistem. É SIM E NÃO AO MESMO TEMPO. Você é e não é o outro. Você é o outro porque aquilo que vê no outro é seu. E você é único porque tua essência é autêntica. E está aí a GRANDE QUESTÃO: a essência é particular e ela é coletiva concomitantemente. Ela é TUDO (e aqui se inclui tudo MESMO!) e ela é uma PARTE. Assim como a luz é onda e partícula ao mesmo tempo. Esse já é o novo paradigma! Nós somos bons e maus, somos sinceros e mentirosos, somos arrogantes e humildes, somos violentos e pacíficos...
Enquanto não integrarmos os opostos coexistindo em nós, continuaremos a vibrar na dualidade da matrix. Sem integração, não há transcendência.
"Ain mas eu odeio o Bolsonaro e não tenho nada a ver com ele". Será? O que ele te representa?
Ele é arrogante? Ele é machista? Ele é tradicional? Ele é burro? E não tem nenhuma parte sua aí que é arrogante, machista, tradicional e burra??? Se não, o que você está fazendo na Terra se já é um ser iluminado? Porque até onde eu sei, por enquanto, estamos todos aqui para aprender e temos todos esses atributos dentro de nós.
"Ain mas não é isso, simplesmente o meu santo não bateu. É minha intuição."
Então vamos lá, você realmente acha que uma IMPRESSÃO que você teve de alguém já é o suficiente para colocá-la nas suas caixinhas de "ela é boa""ela é má"?

"Hipócritas que somos, achamos que não temos nada disso dentro de nós, que já nascemos prontos e o outro é quem tem problemas, não nos enganemos! Mas que fique claro que isso não quer dizer que somos melhores e nem piores. Como não canso de dizer, estamos em evolução e cabe a cada um de nós se libertar destas sombras, trabalhá-las com amor e compreensão e transformá-las em luz." Psicanalista Mariana Magalhães.

Quando deixamos nossos julgamentos caírem por terra, damos espaço para a compaixão e ao acolhimento. Assim como Jesus acolheu a todos sem distinção e os via como extensões de Deus, nós devemos seguir o seu exemplo. Mesmo que seja difícil. Na verdade, é um mega sacrifício que o ego tem que fazer. Porque é muito mais gostoso criticar o outro e não ter que fazer uma revisão interna. É muito mais legal deixar de lado essa ideia de que somos um e usá-la só quando nos convém. É muito mais prático julgar e nem se dar ao trabalho de pensar, conversar, dialogar, resolver, esclarecer. E claro, quantos já não ouviram: "quem não ama uma fofoca?". Faz parte do imaginário coletivo ser esse personagem que fala mal da vida dos outros e se sente o juiz pronto para dar o martelo em cima de suas opiniões. Tá aí o sucesso do BBB, por exemplo.

“Não se deve esquecer a seguinte regra: o inconsciente de uma pessoa se projeta sobre outra pessoa, isto é, aquilo que alguém não vê em si mesmo, passa a censurar no outro. Este princípio tem uma validade geral tão impressionante que seria bom se todos, antes de criticar os outros, se sentassem e ponderassem cuidadosamente se a carapuça que querem enfiar na cabeça do outro não é aquela que se ajusta perfeitamente a eles.”



Seremos julgados e vamos julgar. Reconhecer isso é o primeiro passo. O segundo, é ser humilde e trabalhar na sua sombra com o amor. Todos temos sombra. Todos temos crenças. Todos projetamos. Todos temos questões.
Por isso: façam terapia. Cuidem da mente de vocês. Procurem um psicólogo que combine com vocês, sério. Quer fazer coisa holística faz. Quer cuidar do corpo, cuida. Mas o profissional da mente é o psicólogo e a gente precisa levar nosso processo com seriedade e com pessoas capacitadas para isso.
Isso não é uma brincadeira.

Minha psicóloga mesmo disse, quanto mais você fizer coisas, mais você será julgada. Quanto mais você querer expandir o seu trabalho, mais gente vai brotar para te criticar. Mas cuida de você. O que o outro fala de você tem mais a ver com ele do que com você. Aquele velho ditado freudiano: “Quando Pedro me fala de Paulo sei mais de Pedro do que de Paulo” – Freud

Quanto mais nos firmamos em quem somos, menos nos incomodaremos com o outro, curando nossas feridas e dando outro significado às nossas relações.
O inconsciente é natureza, primitivo. Projeta monstros e contos de fadas em lugares que nem imaginamos. Revivemos mitos todos os dias. Mas quanto mais pararmos de apontar para o outro, para o governo, para o sistema, para a religião, etc, todos os males da nossa realidade, mais temos potencial de ação para nos responsabilizarmos em criar a mudança que tanto queremos.
Não da para vibrar a Nova Terra se não nos alinhamos à Unidade.
O julgamento mesmo que "bom"é projetivo. O lindo, admirável, encantador no outro também é seu. Muito mais fácil aceitar isso do que o que é negativo né? hahaha Mas para a regra do espelho não há exceção: tudo que você vê é você.

A carta do Julgamento no tarô traz a oportunidade de renascer, traz mudanças, clareza, despertar. Nos faz ir além de nossas percepções.


Este é o momento de olharmos para os nossos julgamentos, trabalharmos com eles e irmos além.
Essa é a chave do espelho. Depois que você compreender que o externo é reflexo do interno, você vai para além da sala dos espelhos. Como no Kin Maia mesmo diz sobre o Espelho Branco: 

O presente da sua identidade cósmica é (...) empunhar a espada da sabedoria que corta através da ilusão e da projeção, libertando-nos para além da Sala dos Espelhos até a grande verdade.

Só depois de reconhecermos a potência do espelho, podemos transcendê-lo. A verdade nos espera na Unidade do Amor.

E pasmem: uma das palavras-chave do Espelho Branco no Tzolkin é: INTEGRAÇÃO DO PARADOXO! E eu sou Espelho Solar Branco.

In Lak’ech Ala K’in - Eu sou você.
Até mais!




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EU SOU O QUE EU SOU


Meu nome é Evy, tenho 25 anos, terapeuta holística, psicóloga por formação, divulgadora dos saberes do sagrado feminino e masculino pela busca da integração alquímica dos opostos. Canalizei o T.R.E.E - Terapia Reconectiva Energética Essencial - durante meu processo de despertar espiritual.

Ancorando a energia da Nova Era, compartilhando, e amando cada segundo dessa jornada.

Sou grata pelo presente da sua presença aqui-agora!

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